DETERMINAÇÃO DO POTENCIAL HIPOGLICEMIANTE DO EXTRATO ETANÓLICO DE Lippia dulcis Trev. EM RATOS WISTAR
Plantas medicinais; Diabetes Mellitus; hortelã-doce; hipoglicemiante
O conhecimento tradicional sobre o uso de plantas medicinais é base para pesquisas com enfoque nos efeitos terapêuticos das plantas sobre diversas patologias. Diabetes mellitus (DM) é uma doença metabólica caracterizada pela deficiência de insulina no organismo, hormônio produzido no pâncreas e responsável pelo metabolismo de glicose. O tratamento medicamentoso para esta doença inclui a administração de hipoglicemiantes orais, os quais podem apresentar efeitos colaterais. Lippia dulcis Trev. é uma planta arbustiva da família Verbenaceae, proveniente da América Central e conhecida como hortelã-doce na região Norte do Brasil, utilizada para tratar problemas respiratórios, como tosse, gripes e resfriados, e ainda o Diabetes mellitus 2 (DM2). Considerando o uso empírico desta planta e a busca por alternativas naturais que amenizem os efeitos colaterais de medicamentos comerciais, esta pesquisa objetivou avaliar a atividade hipoglicemiante do Extrato Etanólico das partes aéreas secas de Lippia dulcis Trev. (EELD) em ratos da linhagem Wistar induzidos ao DM2. O extrato foi obtido por Soxhlet, utilizando 12g de material vegetal seco por vez e 250mL de etanol, durante 06h. A composição química do extrato bruto foi obtida por meio de Cromatografia Líquida de Alta Eficiência – CLAE. Inicialmente foi realizada avaliação da Toxicidade Oral Aguda do extrato, seguindo o protocolo da OECD 423/2001, utilizando 06 ratas Wistar nulíparas, 03 para controle e 03 para a concentração de 2000mg do EELD. Esta concentração não apresentou sinais de toxicidade nos animais após 14 dias da administração. Para a atividade hipoglicemiante utilizou-se 20 ratos Wistar machos, os quais foram induzidos ao DM2 pela administração de aloxana monohidratada, e divididos em 04 grupos, controle positivo, controle negativo, ratos diabéticos tratados com o EELD à 100mg/Kg e ratos diabéticos tratados com o EELD à 500mg/Kg. Os animais receberam os tratamentos por 21 dias, para posterior realização das análises bioquímicas e obtenção dos resultados.