ASPECTOS BIOFÍSICOS E DE CICLO DO CARBONO EM DIFERENTES BIOMAS TROPICAIS
Florestas Tropicais, covariância de vórtices turbulentos, condutância da superfície, produção primária bruta.
A estimativa de variações sazonais e interanuais na partição de energia, variáveis climáticas e controles biofísicos é de extrema importância para a compreensão dos mecanismos ecofuncionais dos biomas terrestres. Neste estudo, os fluxos de energia, as taxas de evapotranspiração e demais variáveis biofísicas (condutância de superfície, condutância aerodinâmica, decoupling coeficiente, fração evaporativa, Priestley-Taylor coefficient) são analisadas de maneira integranda utilizando dados de covariância de vórtices turbulentos. As variações sazonais e interanuais na ET não foram totalmente controladas pela energia disponível, mas também pelo conteúdo de água no solo (SWC) no ambiente de planície inundável, onde durante todo o ano, o fluxo de calor latente (LE) foi o componente dominante do balanço energético, diminuindo fortemente no final da estação seca, onde o calor sensível (H ) foi maior, evidenciando um padrão de savana. As secas históricas na Amazônia (2005/2010) impactaram a temperatura do ar e os fluxos de energia. O albedo apresentou valores mais elevados, conforme literatura sobre ecossistemas similares. O coeficiente diário de Priestley-Taylor (ET/ETeq, onde ETeq é a evaporação de equilíbrio) diminuiu acentuadamente quando o SWC caiu abaixo de 0,30 m-3 m-3 no final da estação seca. A ET/ETeq aumentou de forma não linear com o aumento de Gs, mas foi insensível aos aumentos de Gs superiores a 15 mm s-1 na estação seca, 24 mm s-1 na estação chuvosa e 26 mm s-1 no período de cheia. Valores de IAF, valores elevados de PAR e valores elevados de NDVI sugerem que a senescência foliar começa antes da estação seca, iniciada pela enchente no local. A análise de componentes principais revelou maior dependência da ET pelo SWC na estação seca e alta dependência do forçamento radiativo na estação chuvosa e no período inundado. Os padrões definidos para a área de cerrado inundável foram completadas, faltando a aplicação dos cálculos para os sítios de Amazônia, Caatinga e Pantanal.