ESTRUTURAÇÃO DA COMUNIDADE DE HERBÁCEAS TERRESTRES DE FLORESTAS RIPÁRIAS AO LONGO DE UM GRADIENTE HIDROGRÁFICO NA BACIA DO RIO CUPARÍ, BAIXO TAPAJÓS, AMAZÔNIA
Samambaias, Licófitas, Monocotiledôneas, Riachos, Floresta Nacional do Tapajós.
Realizamos um inventário de herbáceas ripárias em uma floresta de terra firme da Amazônia brasileira localizada no baixo Rio Tapajós, para seus componentes mais representativos: samambaias, licófitas e monocotiledôneas não-palmeiras. Oito parcelas de 1.5 x 250 m, totalizando 0,3 hectares, foram amostradas ao longo das bacias hidrográficas dos Rios Cupari e Curuá-Una, tributários do Rio Tapajós, localizados na Floresta Nacional do Tapajós, Pará, Brasil. Para caracterizar a comunidade herbácea, calculamos a riqueza, a abundância e o alfa de Fisher das parcelas. Para analisar a dissimilaridade florística, usamos a distância de Bray-Curtis. No total, foram amostrados 3130 indivíduos, 58 espécies, 27 gêneros e 20 famílias de herbáceas ripárias terrestres. Marantaceae (14 spp) é a família com a maior riqueza e Poaceae a mais abundante (738 indivíduos). A samambaia Triplophyllum glabrum (Tectariaceae) é a espécie mais comum entre as parcelas, observada em 87,5 % delas. As parcelas que apresentam os maiores valores de riqueza e diversidade de espécies estão localizadas na bacia do Rio Cupari. A composição das comunidades de herbácea terrestres ripárias observada aqui se assemelha à de sítios de florestas de terra firme não ripárias na Amazônia, sendo as famílias Marantaceae, Pteridaceae. e Poaceae geralmente as mais representativas do estrato herbáceo amazônico.