AVALIAÇÃO NEUROCOMPORTAMENTAL E HISTOPATOLÓGICA DE CAMUNDONGOS EXPOSTOS A DOSES SUBCRÔNICAS DE NANOEMULSÃO CONTENDO ÓLEO ESSENCIAL DE P. elongata KUNTH (VERBENACEAE)
Pectis elongata, óleo essencial, nanoemulsão, neurocomportamento, neurotoxicidade, histopatologia.
Óleos essenciais são compostos voláteis, derivados do metabolismo secundário de plantas. Estas substâncias apresentam aplicações em diferentes setores industriais, incluindo o farmacêutico. Suas propriedades curativas estão estritamente ligadas à sua composição química; entretanto, por serem altamente voláteis e instáveis em temperatura ambiente, os compostos químicos presentes nos óleos essenciais podem facilmente sofrer degradação oxidativa, isomerização e polimerização. Uma forma de preservar suas características físico-químicas é envolvê-los em sistemas nanoestruturados, tais como nanoemulsões. Estas, por sua vez, são formulações caracterizadas como sistemas dispersos, cineticamente e termodinamicamente estáveis, formados por dois líquidos imiscíveis, estabilizados por um agente tensoativo, e que apresentam gotículas de tamanho nanométrico na fase interna (entre 20 e 200nm). Embora venham se mostrado candidatas promissoras na proteção, transporte e entrega direcionada de substâncias bioativas, as nanoemulsões devem ser avaliadas quanto à probabilidade de promover toxicidade quando aplicadas em sistemas biológicos. No presente estudo, nosso objetivo é avaliar os possíveis efeitos neurotóxicos da nanoemulsão contendo óleo essencial de P. elongata, realizando experimentos in vivo, por meio da avaliação comportamental de camundongos expostos a doses subcrônicas da nanoemulsão, além da avaliação de perda ponderal e análises histopatológicas; esta última para verificar possíveis alterações na morfologia de células do Sistema Nervoso Central (SNC).