Estudo do Desmatamento em Unidades de Conservação Federais na Amazonia
assentados, extrativistas; indígenas, quilombolas
O desmatamento em Unidades de Conservação Federais (UCFs) no bioma Amazonia é tema central em discussões relevantes e atuais como: mudanças climáticas, biodiversidade biológica, bioeconomia, biofarmacologia, desenvolvimento sustentável, turismo, diversidade social, cultura e étnica. As UCFs na Amazonia ocupam aproximadamente 15% do bioma e ainda apresentam nível de desmatamento relativamente alto – quando comparado a UCFs em outros biomas. Outra característica das UCFs no bioma Amazonia é a frequente sobreposição territorial com populações tradicionais – indígenas, quilombolas e extrativistas – e populações humanas não tradicionais como assentados da reforma agrária. O objetivo desse trabalho foi avaliar se o desmatamento em UCFs localizadas no bioma Amazonia é influenciado pela sobreposição territorial com populações humanas: indígenas, quilombolas, extrativistas e assentados da reforma agrária. Os métodos utilizados para nesse trabalho incluíram: a.) análises descritivas; b.) testes não paramétricos: Wilcoxon; Medianas; e Rank Exponencial; c.) testes paramétricos: Modelo Linear Generalizado (GLM) com análise de Cluster e teste Post Hoc. Os resultados demonstram que populações tradicionais – indígenas, quilombolas e extrativistas – têm efeito significativo sobre o desmatamento (P < 0,0001) sendo que a sobreposição de populações tradicionais diminui o desmatamento em UCFs. Populações de assentados da reforma agrária também têm efeito significativo sobre o desmatamento (P < 0,0001), porém, a sobreposição com assentados da reforma agrária aumenta o desmatamento em UCFs.