Banca de DEFESA: LUARA RAISSA SOUSA PINTO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : LUARA RAISSA SOUSA PINTO
DATA : 30/09/2024
HORA: 09:00
LOCAL: Sala 116 - Prédio BMT - Campus Tapajós
TÍTULO:

SOCIALIZAÇÃO DAS EMOÇÕES EM SERVIÇO DE ACOLHIMENTO INSTITUCIONAL: CONCEPÇÕES DE EDUCADORES/CUIDADORES E EQUIPE TÉCNICA


PALAVRAS-CHAVES:

Crianças. Socialização. Emoção.


PÁGINAS: 161
RESUMO:

 

As emoções preparam e orientam comportamentos para experiências positivas e negativas, fornecendo informações sobre a importância dos estímulos, expressões e situações-problemas de determinados contextos. Portanto, a socialização das emoções representa o processo pelo qual os indivíduos aprendem e internalizam habilidades emocionais de sua cultura e ambiente social, isso inclui como aprendem a identificar, expressar, regular e interpretar emoções. A socialização emocional acontece principalmente na infância, através das interações com pais, familiares e cuidadores. Neste sentido, as instituições que recebem crianças devem ser responsáveis pelos cuidados fundamentais voltados ao seu desenvolvimento, nos aspectos cognitivos e sociais; dentre eles, suas emoções. Assim, esta pesquisa visa como objetivo geral analisar as concepções e práticas relatadas de socialização de emoções que educadores/cuidadores e equipe técnica possuem em relação à socialização emocional de crianças em acolhimento institucional. Os objetivos específicos são: a) averiguar o ambiente físico e social e seus elementos facilitadores e dificultadores; b) identificar quais as práticas relatadas de cuidado sobre as emoções no ambiente de acolhimento a partir do relato dos educadores/cuidadores e equipe técnica; c) descrever quais as concepções dos educadores/cuidadores e equipe técnica sobre as emoções e a socialização destas: alegria, tristeza, raiva, medo, orgulho e vergonha. A pesquisa foi desenvolvida na Casa de Acolhimento do município de Santarém-Pará.Os participantes da pesquisa foram 14 educadores/cuidadores e 06 profissionais da equipe técnica.Como instrumentos de produção de dados na pesquisa de campo, foram utilizadosoquestionário sociodemográfico e sobre emoções, roteiro de entrevista semiestruturada, questionário de concepções (adaptado) e o diário de campo. Posteriormente, os dados foram analisados conforme as características de cada instrumento de pesquisa. Os resultados mostram que, em relação ao objetivo de averiguar o ambiente físico e social e seus elementos facilitadores e dificultadores, foram identificados vários fatores que dificultam o desenvolvimento das crianças. O uso do ambiente físico da casa é desfavorável em muitos aspectos, a casa possui espaços que poderiam favorecer a socialização, mas o planejamento de como o espaço deve ser usado não está sendo colocado em prática. Além disso, o número reduzido de educadores/cuidadores para muitas crianças e a abordagem metodológica monótona, que limita o estímulo cognitivo das crianças, tornam-se obstáculos. Quanto ao segundo objetivo, que aborda as práticas relatadas de cuidado sobre as emoções, observou-se que a brincadeira, um processo crucial para o desenvolvimento infantil, não é enfatizada pelos participantes. Essa prática é essencial para a socialização emocional, mas parece não ser plenamente reconhecida. Entretanto, os participantes mostram práticas como conversas, abraços, trocas de carinho como práticas positivas executadas, apesar de uma das práticas se relacionar a uma postura de neutralidade emocional com as crianças. O terceiro objetivo visa descrever quais as concepções sobre as emoções como alegria, tristeza, raiva, medo, orgulho e vergonha. A maioria reconhece que as crianças acolhidas sentem e expressam alegria, mas mais de 75% dos participantes acreditam que elas não manifestam raiva, medo, orgulho ou vergonha. Isso contrasta com a realidade observada na instituição, onde a rotina monótona pode gerar sentimentos de tristeza e raiva. Em relação à socialização emocional, os participantes compreendem a necessidade da interação, expressão e diálogo sobre as emoções, mas faltam mais agentes de socialização emocional que possam ensinar às crianças formas saudáveis de lidar, expressar, regular e compreender suas emoções. As crianças podem experienciar e aprender sobre emoções mesmo quando não há intenção de socialização, ou seja, esse processo ocorre mesmo quando os técnicos ou responsáveis não estão atentos a ensinar ou transmitir valores diretamente sobre emoções.

 

 



MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1552900 - IANI DIAS LAUER LEITE
Interno - 1980548 - GLAUCO COHEN FERREIRA PANTOJA
Externa à Instituição - LILIA IEDA CHAVES CAVALCANTE - UFPA
Notícia cadastrada em: 27/09/2024 10:18
SIGAA | Centro de Tecnologia da Informação e Comunicação - (00) 0000-0000 | Copyright © 2006-2024 - UFRN - srvapp1.ufopa.edu.br.srv1sigaa