Banca de DEFESA: PATRICIA DA SILVA PINTO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : PATRICIA DA SILVA PINTO
DATA : 28/03/2025
HORA: 14:30
LOCAL: Remoto - Google Meet
TÍTULO:

Contextualização da Matemática na Educação Escolar Quilombola: uma perspectiva da teoria dos campos conceituais


PALAVRAS-CHAVES:

Cultura; contextualização; aprendizagem.


PÁGINAS: 99
RESUMO:

Na Educação Escolar Quilombola, percebe-se a necessidade de proporcionar ao estudante o acesso aos conhecimentos matemáticos, aliados à valorização de práticas e saberes tradicionais que podem contribuir no desenvolvimento cognitivo, conceituando significados importantes no processo do ensino e aprendizagem da criança e adolescentes. Portanto, propõe-se uma estratégia de ensino que venha viabilizar a assimilação dos conteúdos matemáticos, valorizando o conhecimento prévio do aluno de forma que adquira um conhecimento significativo. O que se busca com a presente dissertação é discutir, sobretudo, as ações mentais aplicadas na resolução de problemas matemáticos contextualizados no cotidiano dos alunos no contexto social em que estão inseridos, através da Teoria do Campos Conceituais de Gérard Vergnaud, que oferece princípios para examinar as dificuldades apresentadas pelos discentes, tornando-se um importante instrumento na construção das situações problemas. O objetivo geral desse trabalho é descrever o processo de conceitualização de conceitos matemáticos por estudantes quilombolas do 4º e 5º ano em uma sequência didática envolvendo resolução de problemas contextualizados no cotidiano quilombola de Murumuru, em outras palavras, como os conceitos matemáticos são abordados na sala de aula e utilizados pelos alunos em resolução de problemas. Foi desenvolvido um estudo de caso, com abordagem da pesquisa predominante qualitativa. Esta pesquisa poderá contribuir significativamente para pesquisas em educação matemática através do estudo e interpretação da contextualização na didática, na perspectiva dos campos conceituais. Foram desenvolvidas entrevistas nas quais os alunos, nas quais foram apresentadas situações de três classes distintas: i) multiplicação; ii) divisão de primeiro tipo; iii) divisão de segundo tipo. As situações de multiplicação foram endereçadas pelos estudantes, em maior parte, com esquemas compatíveis com o uso de operadores escalares (mesmo espaço de medida) (M1) e com procedimentos iterados de soma (M2), enquanto em menor frequência, percebia-se a possibilidade de uso implícito do operador função (M3). Nas divisões de primeiro tipo, os alunos pareciam utilizar, em sua maioria, os procedimentos do fator faltante (P1) (organizar os valores do problema para encontrar o que falta), da distribuição unitária (P2) (distribuir um a um os elementos a serem divididos) e do operador escalar dividir por (P3). Por último, nas situações de divisão de segundo tipo, identificamos quatro possíveis esquemas usados pelos estudantes, quais sejam, procedimentos aditivos (S1) (reescrever a divisão como soma de conjuntos iguais), distribuição unitária (S2) (semelhante a P2), transposição do operador escalar ao outro espaço de medida (S3) e uso do operador função (S4), esse último em menor frequência. As descobertas provenientes deste estudo são valiosas para aprimorar o processo do ensino, por meio da compreensão dos possíveis esquemas utilizados pelos alunos nas situações do campo conceituais na estrutura multiplicativa que lhes são apresentadas.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1980548 - GLAUCO COHEN FERREIRA PANTOJA
Interno - 1797161 - EDNILSON SERGIO RAMALHO DE SOUZA
Externo à Instituição - NATHAN CARVALHO PINHEIRO - UnB
Notícia cadastrada em: 12/03/2025 12:19
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