Banca de DEFESA: ABNER VILHENA DE CARVALHO
Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ABNER VILHENA DE CARVALHO
DATA: 17/12/2018
HORA: 14:00
LOCAL: Sala 309 ICS 3º Andar Campus Amazônia
TÍTULO: CRESCIMENTO ECONÔMICO, DESENVOLVIMENTO SOCIOECONÔMICO E DOTAÇÃO DE RECURSOS NATURAIS VERSUS ARMADILHA DA POBREZA: evidências para Amazônia Legal nas últimas duas décadas.
PALAVRAS-CHAVES: Crescimento. Desenvolvimento. Degradação Ambiental. Pobreza. Armadilha
PÁGINAS: 406
GRANDE ÁREA: Outra
ÁREA: Ciências Ambientais
RESUMO: Da interação entre o crescimento, a desigualdade e a pobreza, argumenta-se a favor da
existência para três evidências: i) maiores reduções da pobreza aconteceram nos países os
quais vivenciaram longos períodos de crescimento econômico sustentado, reforçando a ideia
de que este seria bom para os pobres; ii) se este crescimento for acompanhado por uma
mudança distribucional progressiva será melhor ainda para os pobres e; iii) não existem
fortes evidências empíricas sugerindo uma tendência geral do crescimento sobre a maior ou
menor equidade na distribuição de renda. Ainda, que existam certas diferenças entre os canais
de transmissão, há clareza sobre os seguintes aspectos gerais: i) nos países onde existe uma
pobreza generalizada o crescimento econômico tem um forte efeito positivo em reduzi-la; ii) a
pobreza age como uma das principais restrições ao processo de crescimento econômico
sustentado. Assim, ao mesmo tempo que a pobreza pode ser entendida como uma
consequência da falta de crescimento, ela é um fator limitador para a sustentação do
crescimento. Nas condições, em que os países estão presos a certas dificuldades estruturais,
convencionou-se chamar de armadilha da pobreza, contemporaneamente definida como o
mecanismo de auto-reforço que propõe a existência de ciclos viciosos, que levam à incidência
persistente da pobreza e de baixas taxas de crescimento sustentado entre gerações, ou seja, é
a interação entre a pobreza e algo que é a sua consequência e causa. Não obstante, na visão
dos organismos internacionais também tem sido difundida a tese de que existe uma relação
causal entre a condição de pobreza e a degradação ambiental, sob os seguintes enfoques: 1) no
mainstraem da teoria do desenvolvimento, foi instituída a relação de que pobreza e
degradação ambiental se reforçam mutuamente, a partir do círculo vicioso, em que aquele
último é originado pelo primeiro, agravando a situação de pobreza já existente, sugerindo,
assim, que a redução da pobreza irá, necessariamente, reduzir a degradação do meio
ambiente, tal como a conservação e preservação do meio ambiente irá, necessariamente,
reduzir a pobreza; 2) a segunda vertente mostra que a degradação ambiental causa pobreza,
onde, uma situação de extremo estresse ambiental pode levar a população pobre da região a
migrar e a perder qualidade de vida, criando ainda mais pobreza; 3) Contrariamente, pode-se
esperar que, não apenas a pobreza cause a degradação ambiental, mas, a riqueza, a ganância, o
poder também agridem o meio ambiente nos países em desenvolvimento. Portanto, da relação
entre o crescimento econômico, a condição de pobreza e desigualdade e a degradação
ambiental, a literatura evidencia que a introdução de uma base de recursos naturais nãorenováveis
tem por efeito retardar a acumulação de capital, mesmo em condições de
progresso tecnológico. Ou seja, as evidências empíricas apontam para existência de certo
padrão negativo entre a abundância de recursos naturais e o crescimento econômico. Além
disso, devido às condições estruturais dos países menos desenvolvidos, haveria nestes uma
maior pressão sob a base de recursos naturais. A ideia é que a correlação entre pobreza e
degradação ambiental se traduziria no reforço da armadilha da pobreza, em que a sobreutilização
dos recursos naturais, não seria capaz de gerar crescimento sustentado e, mais
ainda, destruiria as próprias base de riqueza nesses países, o capital natural. Considerando que
a Amazônia é uma região intensiva em recursos naturais, poder-se-á esperar que esta
reproduza um comportamento que expressem uma relação negativa entre crescimento e
intensidade de recursos (naturais). Mais ainda, que a dotação de recursos naturais expresse
uma relação causal desta variável não apenas com o crescimento, mas, sobretudo, com os
indicadores de pobreza e desigualdade, refutando ou não a condição de armadilha da pobreza.
Dessa maneira, estaria a Amazônia Legal reproduzindo uma espécie de armadilha da pobreza?
Seria a dotação de recursos naturais o reforço daquela armadilha, ou vice-versa? Estaríamos
vivendo, de fato, uma pobreza crônica em meio à abundância?
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1190535 - JARSEN LUIS CASTRO GUIMARAES
Interno - 1835815 - LILIAN REBELLATO
Interno - 1446230 - LUCIANA GONCALVES DE CARVALHO
Interno - 1466772 - KEID NOLAN SILVA SOUSA
Externo ao Programa - 1835583 - RODOLFO MADURO ALMEIDA
Externo ao Programa - 324704 - EDILAN DE SANT ANA QUARESMA
Notícia cadastrada em: 14/12/2018 16:10