Banca de DEFESA: ISADORA KAROLINA FREITAS DE SOUSA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ISADORA KAROLINA FREITAS DE SOUSA
DATA : 26/03/2021
HORA: 14:00
LOCAL: Videoconferência
TÍTULO:

LEPTOSPIROSE: EPIDEMIOLOGIA DA ENFERMIDADE EM HUMANOS E ESTUDO SOROEPIDEMIOLÓGICO EM EQUINOS NO ESTADO DO AMAZONAS


PALAVRAS-CHAVES:

Amazônia. Leptospira interrogans. Zoonose. Saúde Pública. Sanidade animal. Cavalos.


PÁGINAS: 84
RESUMO:

A leptospirose é uma enfermidade zoonótica potencialmente fatal para humanos e com capacidade de gerar prejuízos sanitários e econômicos a diversas espécies animais. Se forem consideradas a existência de condições ambientais favoráveis para a ocorrência de leptospirose, a amplitude potencial da doença se magnifica, justificando-se, então a necessidade de estudos epidemiológicos tanto na população humana quanto animal. Desta forma, esta tese desenvolveu um estudo retrospectivo epidemiológico de casos de infecção de leptospirose em humanos – Capítulo I - no Estado do Amazonas, bem como um estudo soroepidemiológico em equinos de Manaus e região metropolitana - Capítulos II e III -. Os dados para o desenvolvimento do Capítulo I foram obtidos do departamento de informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), utilizando os dados de doenças e agravos de notificação do SINAN (Sistema de Informações de Agravos de Notificação), referente aos casos de leptospirose nos municípios do estado do Amazonas no período de 2010 a 2019. As informações dos casos de infecção em humanos nesses anos foram correlacionadas dados meteorológicos do BDMEP (Banco de Dados Meteorológicos do INMET - Instituto Nacional de Meteorologia), precipitação, temperatura, e umidade das estações meteorológicas convencionais da rede de estações do INMET no estado do Amazonas. Como principal resultado, constatou-se que a infecção por Leptospira foi mais frequente no ambiente domiciliar no estado do Amazonas, sendo, portanto, o ambiente domiciliar um determinante importante da transmissão, e uma consequência, provavelmente, das precárias condições ambientais existentes no domicílio e peridomicílio. Associado a esse resultado e, levando-se em conta as características climáticas e ambientais da região e as informações sobre o aumento do número de equinos que vivem em áreas urbanas do município de Manaus, o risco de exposição e contaminação de seres humanos e demais animais susceptíveis vem se tornando maior, à medida que a população equina vem crescendo nos últimos anos. Dessa forma, para os capítulos II e III, foi realizada uma revisão de literatura sobre a doença nesses animais, e determinada a frequência da leptospirose em equinos de Manaus e região metropolitana do Amazonas, bem como amostras de soro equinas foram coletadas e enviados para diagnóstico sorológico de leptospirose para o Laboratório de Diagnóstico de Leptospirose da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). As amostras de soro foram testadas (n =198) para a presença de anticorpos anti-Leptospira pelo ensaio de microaglutinação microscópica, como recomendado pela Organização Mundial de Saúde. Os resultados obtidos no estudo indicaram alta frequência (n=92 / 46,46%) de soropositividade para Leptospira spp. em cavalos no estado do Amazonas, indicando a existência de uma alta
frequência de reação aos sorogrupos Icterohaemorrhagiae e Pyrogenes. Com o aumento do rebanho equino na região e, consequentemente, maior interação entre criadores e animais, a identificação de sorogrupos reagentes de Leptospira spp. sinaliza a possível existência de reservatórios e de cepas patogênicas para outros animais e para o homem. Como conclusão, na somatória dos três capítulos, pode-se inferir que o maior risco de leptospirose no estado do Amazonas é urbano, altamente relacionado a condições ambientais favoráveis ao desenvolvimento e manutenção da bactéria no meio ambiente, em especial quando associado a baixos índices de saneamento básico. A soroprevalência obtida para os equinos demonstram que a enfermidade acomete esses animais, podendo trazer prejuízos econômicos aos criadores e sanitários, tendo em vista o potencial de reservatório e de transmissão que os equinos podem desempenhar. Por fim, estudos epidemiológicos sobre a leptospirose devem ser de caráter permanente e periódico, para que se possa manter dados da enfermidade atualizados que, por isso, poderiam facilitar a implementação e ajuste de medidas de prevenção e controle da leptospirose no estado do Amazonas.


MEMBROS DA BANCA:
Externa ao Programa - 2160202 - ALANNA DO SOCORRO LIMA DA SILVA
Interno - 1843993 - ANTONIO HUMBERTO HAMAD MINERVINO
Interno - 2143267 - JOSE MAX BARBOSA DE OLIVEIRA JUNIOR
Externa à Instituição - LEÍSE GOMES FERNANDES
Externa à Instituição - REJANE DOS SANTOS SOUSA
Presidente - 1693122 - SERGIO DE MELO
Notícia cadastrada em: 23/03/2021 16:54
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