MORFODIVERSIDADE DE ETNOVARIEDADES DE MANDIOCA (Manihot esculenta Crantz) EM POPULAÇÕES TRADICIONAIS NO BAIXO AMAZONAS
Palavras-chave: Agroecologia; mandioca; etnovariedades; genética; morfologia
O objetivo deste trabalho foi avaliar o uso de 5 descritores morfológicos e suas classes fenotípicas para a caracterização de etnovariedades coletadas em 4 comunidades tradicionais na região de fronteira dos municípios de Juruti-PA e Parintins-AM. Estima-se que há mais de 13.000 anos as plantas passaram a ser domesticadas, cultivadas e melhoradas manualmente durante as primeiras ações agrícolas, entre elas a mandioca (Manihot esculenta Crantz) destaca-se n esse processo de domesticação. Foram identificadas 27 etnovariedades e seu grau de importância descrito pelos produtores ao longo de 2 anos agrícolas. A partir do critério de caracterização com uso de classes fenotípicas dos descritores identificou-se 7 etnovariedades que foram agrupadas em 5 raças considerando o descritor morfoagronômico para produção de raiz. O uso determinado de descritores chaves foi eficiente para a caracterização de etnovariedades nas áreas coletadas, e a validação de dados de dominância ou diversidade, usou-se o índice de Simpson, validando os dados coletados. A importância de usar descritores chaves na identificação de etnovariedades é eficiente considerando a agroebiodiversidade e os fatores socioculturais de cada localidade. Nesse contexto, destacamos que há necessidade de estudos mais elaborados com uso de descritores e suas classes fenotípicas para desenvolver novas estratégias, metodologias, técnicas e tecnologias no auxílio da manutenção de etnovariedades em áreas tradicionais e a sustentabilidade da agrobiodiversidade de populações locais de mandioca na região do baixo amazonas seja para garantir a manutenção das espécies nativas, seja em bancos de germoplasmas in situ ou ex situ.