Banca de QUALIFICAÇÃO: LIZANDRA ELIZEARIO DOS SANTOS

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : LIZANDRA ELIZEARIO DOS SANTOS
DATA : 16/11/2023
HORA: 14:00
LOCAL: UFOPA/NTB
TÍTULO:

INDICADORES NO COMPONENTE ARBÓREO COMO ESTRATÉGIA PARA POTENCIALIZAR O APORTE DE CARBONO EM SISTEMA INTEGRAÇÃO LAVOURA-PECUÁRIA-FLORESTA NO OESTE DO PARÁ


PALAVRAS-CHAVES:

silvicultura, estoque de carbono, sistemas agroflorestais, pecuária de baixo carbono


PÁGINAS: 82
RESUMO:

O sistema de integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) reduz as emissões de gases do efeito estufa (GEEs), melhora a qualidade do solo, aumenta a produtividade, o bem-estar animal e fornece importantes serviços ambientais. Deste modo os sistemas de produção integrada apontam indicadores de sustentabilidade em cenários de mudanças climáticas. Objetivou-se neste trabalho avaliar indicadores no componente arbóreo acima do solo, como estratégia para potencializar o aporte de carbono em sistema integração lavoura-pecuária-floresta no oeste do Pará. Foram avaliadas as características morfométricas, densidade da madeira, teor de carbono, quantificação de biomassa arbórea para estimar o potencial de armazenamento de carbono em sistema ILPF. A área de estudo foi a Unidade de Referência Tecnológica (URT), localizada na fazenda Nossa Senhora de Aparecida, em Mojuí dos Campos-PA, com 12 anos de implantação, contendo as seguintes espécies florestais: castanha-da-amazônia (Bertholletia excelsa Humn. & Bonpl.), cumaru (Dypterix odorata (Aublet.), Willd.) e mogno africano (Khaya grandifoliola A chev.). Em cada talhão silvicultural, as espécies foram plantadas em oito linhas com espaçamento de 7 m x 5 m, com 33 plantas em média, intercaladas por talhões com distância de 166 m, que são mantidos com forrageira a pleno sol. A caracterização morfométrica foi realizada, a partir de inventário 100%, ocorrido em 2022, avaliando-se os seguintes índices: diâmetro de copa (DC), comprimento de copa (CC), área de projeção de copa (AC), percentual de copa (PC), formal de copa (FC), grau de esbeltez (GE), índice de abrangência (IA) e índice de saliência (IS). Para a obtenção da densidade da madeira (ρ) foram selecionados indivíduos com características fenotípicas que não eram favoráveis ao sistema e, desbastados, coletando-se amostras ao longo do fuste comercial, nas posições (base – 0%, 25%, 50% e topo – 100%). O ensaio físico seguiu a metodologia preconizada na ABNT NBR7190 e NBR 11941. O teor de carbono foi realizado, a partir do desbaste de 10 árvores de cada espécie, em diferentes classes de diâmetro, separando-se os seguintes componentes: folhas, galhos finos e fuste, totalizando 30 amostras para cada espécie, em que foi realizada a análise elementar. Em fase de análise de dados estão a biomassa e quantificação do carbono. Os resultados evidenciaram que a espécie com maior altura total, comercial e diâmetro em 1,30m do solo (DAP) foi o K. grandifoliola, com médias de 27,17 m, 9,26 m e 32,98 cm, respectivamente. A B. excelsa destacou-se por apresentar maior diâmetro médio de copa de 24,04 m. Quanto à K. grandifoliola o indicador de desenvolvimento e comprimento é perceptível pela altura no dossel, confirmado pelo comprimento de copa (CC) médio de 17,91 m. Já a B. excelsa se destaca pela abrangência da copa, com média de área de projeção de copa (AC) de 462,13 m² e formal de copa (FC) de 1,94 m e a D. odorata apresentou maior percentagem de copa (PC), com 75,49%. Os índices morfométricos associados ao diâmetro de copa foram mais expressivos na D. odorata, com índice de abrangência (IA) de 1,26 e índice de saliência (IS) de 90,27. A relação entre altura total e diâmetro da árvore apontou o maior grau de esbeltez (GE) para a K. grandifoliola com média de 84,11. Quanto as densidades (ρ aparente, ρ anidra e ρ básica, em g.cm-3) houve diferença entre as espécies, sendo descritos na seguinte ordem: D. odorata (0,99, 0,91 e 0,83), B. excelsa (0,68, 0,61 e 0,55) e K. grandifoliola (0,61, 0,56 e 0,51), respectivamente. A ρ básica mais expressiva foi na D. odorata em 50%, 75% e 25% e os menores valores na K. grandifoliola foram em 25%, 100% e na base, bem como na B. excelsa foram em 50% e 75%. O maior teor de carbono está nas folhas do D. odorata (52,14%) e da B. excelsa (50,68%). Observou-se que a K. grandifoliola armazena o maior teor de carbono no fuste (49,01%). Conclui-se que os indicadores em altura do dossel, projeção de copa, dinâmica na densidade ao longo do fuste comercial potencializam as ações estratégicas de captura de carbono em sistemas integrados na Amazônia Oriental que podem ser fomentadas pela política de pagamento por serviços ambientais.


MEMBROS DA BANCA:
Interna - ***.720.282-** - LUCIETA GUERREIRO MARTORANO - EMBRAPA
Interno - 1776327 - THIAGO ALMEIDA VIEIRA
Externo à Instituição - CARLOS TADEU DOS SANTOS DIAS
Externo à Instituição - ARYSTIDES RESENDE SILVA
Externo à Instituição - EMANUEL JOSÉ GOMES DE ARAÚJO - UFRRJ
Notícia cadastrada em: 08/11/2023 17:03
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