Banca de DEFESA: CARLOS DE MATOS BANDEIRA JUNIOR

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : CARLOS DE MATOS BANDEIRA JUNIOR
DATA : 01/12/2023
HORA: 16:00
LOCAL: REMOTO
TÍTULO:

“ENTRE BAMBURROS, BREFOS E TRECHOS: UM ESTUDO ETNOGRÁFICO SOBRE A GARIMPAGEM DE OURO NA REGIÃO DO TAPAJÓS”

PALAVRAS-CHAVES:

Garimpagem de ouro. Região Tapajós. Trabalhadores do ouro. Amazônia. Mineração informal e ilegal. Migração de garimpeiros.

PÁGINAS: 152
RESUMO:

Resumo

A mineração artesanal e de pequena escala é desenvolvida na região do Tapajós há pelo menos sete décadas. Em função deste setor ocorreu um complexo processo de ocupação humana consolidada em uma rede de comunidades orientadas pela economia do ouro. Problemas históricos de conflitos com populações indígenas, poluição mercurial, extração ilegal de minério, poluição ambiental e trabalho precário passaram a ser adjetivos da garimpagem na região, o que se coloca como contradição aos valores financeiros mobilizados anualmente por esta atividade. O objetivo central desta tese é analisar como estão estruturados na atualidade os modelos de produção da garimpagem na região do Tapajós, com a consolidação do uso da tecnologia das retroescavadeiras e dragas automatizadas no processo de exploração do ouro. Observa-se também como são desenvolvidas as relações e as condições de trabalho praticadas nos garimpos da região, buscando entender os saberes técnicos, as trajetórias e os fluxos migratórios dos trabalhadores. Este é um estudo antropológico, baseado nos recursos metodológicos da etnografia, com realização de observação participante, captação de fotografias, anotações de campo e entrevistas em profundidade com cinquenta trabalhadores posicionados em diferentes elos da cadeia produtiva do ouro. Como resultado, observa-se transformações profundas nas estruturas de exploração garimpeira ao longo dos anos e mudança significativa no nível de investimento de capital e aplicação de mecanização nas lavras garimpeiras. Entende-se que esse movimento foi propiciado pela crescente valorização do ouro no mercado internacional, e como consequência ampliou a capacidade de geração de impactos ao meio ambiente, pois áreas extensas e em maior profundidade do solo são mineradas sem o devido controle dos órgãos públicos. Em relação aos trabalhadores, nota-se que a mão de obra atuante no garimpo é composta por migrantes, com predominância de trabalhadores oriundos de diversas cidades do estado do Maranhão. Percebe-se que a informalidade e a ilegalidade da atividade na região vulnerabiliza os trabalhadores do ouro, que a qualquer sinal de crise do setor, doença ou velhice, sofrem de imediato os impactos econômicos e sociais.

MEMBROS DA BANCA:
Interna - 1030394 - TANIA SUELY AZEVEDO BRASILEIRO
Interno - 1843993 - ANTONIO HUMBERTO HAMAD MINERVINO
Interno - 1776327 - THIAGO ALMEIDA VIEIRA
Interno - 1190535 - JARSEN LUIS CASTRO GUIMARAES
Externo ao Programa - 1963407 - RUBENS ELIAS DUARTE NOGUEIRA - UFOPAExterno à Instituição - LUIZ JARDIM DE MORAES WANDERLEY - UFF
Externa à Instituição - Flávia de Almeida Moura