Banca de DEFESA: PATRICIA SIQUEIRA DOS SANTOS

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : PATRICIA SIQUEIRA DOS SANTOS
DATA : 06/03/2020
HORA: 08:30
LOCAL: Sala H304
TÍTULO:

A interação da criança surda no espaço da educação infantil


PALAVRAS-CHAVES:

Teoria Histórico-Cultural; Educação de Surdos; Educação Infantil.


PÁGINAS: 120
RESUMO:

A presente pesquisa tem como objetivo principal compreender, no espaço da educação infantil, como acontecem as interações entre a criança surda e o meio social em que está inserida e da qual é partícipe, na Unidade Municipal de Educação Infantil (UMEI), situada na área urbana do município de Santarém/Pará. Fundamenta-se nos pressupostos da Teoria Histórico-Cultural (THC), que compreende o desenvolvimento humano a partir das relações sociais e culturais. Para discorrer sobre a THC, a história da educação de surdos e a educação infantil, os autores são, respectivamente: Vigotski (1997, 2000, 2003, 2008, 2010), Martins (2006), Duarte (2013) e Costa et al (2017); Soares (1999) e Bueno (2011) e; Pasqualini (2010), Civilletti (1991), Kulhumann Junior (2015), além de documentos e legislações sobre as temáticas. Como instrumentos de coleta de dados, destacam-se as observações anotadas em diário de campo e entrevistas semiestruturadas, com os professores que trabalhavam diretamente com a criança surda. Os sujeitos envolvidos foram 4 professores (3 ouvintes e um surdo) e uma criança surda. As descrições dos dados foram produzidas, a partir das observações e das entrevistas realizadas, nos anos 2018 e 2019. Para análise dos dados, foram formuladas três categorias: interação entre a criança surda e seus professores; interação da criança surda nas atividades desenvolvidas; interação da criança surda com as demais crianças e o professor como organizador desse espaço. Essas análises recaíram sobre o “olhar cuidadoso” de compreender a prática pedagógica do professor para/com a criança surda no que tange às interações que eram estabelecidas. Na primeira categoria, os dados descritos revelaram que, mesmo os professores tendo conhecimento da forma de comunicação da criança surda, a falta de sensibilidade era recorrente e isso refletia em suas práticas pedagógicas de não promover o acesso ao conhecimento de forma compreensível. Na segunda categoria, chegou-se a compreensão de que o problema não estava na criança surda, em desenvolver as atividades ou se interessar por elas, mas centrava-se em como os professores procuravam envolver essa criança, para que pudesse interagir e delas participar. Na terceira categoria, o professor, como elemento organizador do meio educativo, não se fazia presente, quando aparecia, era para repreender as crianças por suas condutas consideradas “erradas”. Dessa maneira, a pesquisa apontou que as interações da criança surda, na educação infantil, por ser uma etapa importante no desenvolvimento da criança, não aconteciam de forma que levasse essa criança a explorar, conhecer, e a constituir a sua subjetividade. Assim, o caminho percorrido por este estudo instiga que outras pesquisas sejam realizadas, para que a educação da criança surda seja de fato, desde a educação infantil, um processo que priorize seu desenvolvimento em vez de sua deficiência.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1797078 - ELENY BRANDAO CAVALCANTE
Interna - 1965707 - SINARA ALMEIDA DA COSTA
Interna - 1552900 - IANI DIAS LAUER LEITE
Externa à Instituição - SÔNIA MARI SHIMA BARROCO - UEM
Notícia cadastrada em: 05/03/2020 10:54
SIGAA | Centro de Tecnologia da Informação e Comunicação - (00) 0000-0000 | Copyright © 2006-2024 - UFRN - srvapp1.ufopa.edu.br.srv1sigaa