GENTRIFICAÇÃO E ORDENAMENTO TERRITORIAL DA AVENIDA FERNANDO GUILHON: UMA ANÁLISE A PARTIR DO INSTITUTO DA DESAPROPRIAÇÃO
gentrificação, desapropriação, urbano, geografia, politicas publicas, direito
A discussão acerca do processo de gentrificação, ordenamento territorial e desapropriação, pode ser o primeiro passo para a criação de uma consciência coletiva que proponha o desenvolvimento de espaços e serviços que conectem pessoas, ao invés de separá-las e que conserve as características de uma área, de um bairro e de seus habitantes, pois o direito de propriedade, apesar de individual, encontra-se condicionado ao bem-estar da comunidade por força da obrigatoriedade de observância da função social, que está consagrada na Constituição Federal como direito fundamental.Neste cenário, constata-se a ocorrência de transformações estruturais no direito de propriedade na área que abrange a Avenida Fernando Guilhon, especificamente na sua base ideológica, sendo a concepção individualista substituída por uma social na medida em que, além da satisfação de interesses individuais, passou a ser visado também o interesse coletivo daqueles sujeitos que não são proprietários.O objeto de estudo dessa pesquisa é o processo de gentrificação e ordenamento territorial da Avenida Fernando Guilhon, no município de Santarém, estado do Pará, a partir do instituto da desapropriação, pois o mesmo se apresenta como fruto do direito fundamental, que é a propriedade, no sentido de, em face da função social, buscar um novo modelo de restruturação urbana por meio da gentrificação, mutação significativa a qual inseriu novos conceitos no sistema jurídico vigente, vindo a modifica-lo substancialmente.