A VIDA DO VAQUEIRO MARAJOARA “D’OUTRO LADO DO RIO”: UMA ABORDAGEM ETNOGRÁFICA
Personagens; Cultura; Visagens; Terruadas; Comunidade.
A vida do vaqueiro marajoara “no outro lado do rio” é uma abordagem etnográfica que traz, em seu bojo, o vaqueiro, da Ilha de Marajó, que habita as fazendas situadas no outro lado do rio Arari, em frente a cidade de Cachoeira do Arari, dividida em capítulos, conforme segue. O primeiro move a história e a memória da fazenda Mineiro, o ponto de partida desta atuação. A rede de fazendas, o teso e o pessoal de cima do teso, que formam a coletividade dali. E, também, alguns personagens especiais, que retratam a vida do vaqueiro, de ontem e de hoje. O segundo, a construção da vida coletiva, posto que o vaqueiro marajoara, como ele próprio diz, não anda só, nem faz nada sozinho. As atividades mais íngremes que ele executa, como a ferra, a apartação, o embarque, o arrodiador, a assinalação, a castração, a tapagem e a matalutagem são em parceria com os vaqueiros, das fazendas vizinhas ou das mais distantes. No terceiro, aborda os lugares não certos, como a Ponta do Maguary, o Furo do Bode, o Dom Ramiro, as Três Ilhas e o Xixá do Carro, lugares, dali d’outro lado, aos quais o vaqueiro marajoara se reporta como regiões onde, em algum momento, um deles diz ter presenciado alguma manifestação dos povos das encantarias, vaqueiros, cavalos, vacas e outros espíritos, que os assombram educando-os. Canchas nas quais o vaqueiro marajoara, das bandas contidas neste estudo, diz ser conduzido, protegido e orientado durante as lidas, no campo