APA Paytuna em Monte Alegre - PA: Desenvolvimento Socioeconômico nas Comunidades de Santana, Lages e Paytuna
Percepção Ambiental, Amazônia
A criação de áreas protegidas, pode ser considerada uma estratégia efetiva de proteção da biodiversidade e de seus recursos naturais, uma vez que estabelece o controle de territórios, definindo limites e especificando dinâmicas em seu uso e ocupação. O Estado do Pará avançou bastante quanto à criação de Unidades de Conservação - UCs, tendo atualmente 25 UCs estaduais. No tocante, a criação de unidades de conservação por si só, não garante a preservação, e/ou conservação da natureza, bem como, o efetivo uso racional dos recursos naturais de uma determinada área. A criação de UCs em muitas vezes, reflete um antagonismo entre a lógica das comunidades tradicionais e as perspectivas preservacionistas e conservacionistas, provocando conflitos de diversas naturezas, entre eles, o não reconhecimento das práticas e costumes das populações locais. A criação da Área de Proteção Ambiental - APA Paytuna no município de Monte Alegre, por meio da Lei Estadual nº. 6.426, de 17 de dezembro de 2001, dispondo de uma área 58.251 hectares é reflexo do avanço do estado do Pará quanto ao uso dessa estratégia de proteção dos recursos naturais. Nesse sentido a pesquisa tem como objetivo principal analisar os efeitos da criação da APA Paytuna quanto ao desenvolvimento socioeconômico das comunidades de Santana, Lages e Paytuna. A pesquisa consiste numa pesquisa de campo e documental, incluindo uma abordagem quanti-qualitaviva dos dados, utilizando as técnicas de entrevista semiestruturada com predominância de questões abertas, e a pesquisa documental. A análise dos dados se dará por meio da análise de conteúdo. Assim, espera-se que esta pesquisa possibilite compreender as relações ambientais estabelecidas entre os indivíduos que residem nas comunidades participantes da pesquisa na APA e instituições que atuam de forma direta ou indireta com a mesma, e como estas influenciam em suas ações. Espera-se também, que ao analisar o desenvolvimento socioeconômico dos moradores das comunidades pesquisadas, seja possível subsidiar possíveis demandas dessas populações acerca de recursos para o seu desenvolvimento social e econômico, e/ou, contribuir de forma relevante para as esferas públicas Municipais, Estaduais e Federais, no que tange o planejamento, criação e implementação de políticas públicas inerentes às UCs.