TERAPIA ASSISTIDA COM CAVALO: contato com a natureza e desenvolvimento de crianças com TEA
Transtorno do Espectro do Autismo (TEA); Equoterapia; Contato com anatureza; Teoria Bioecológica do Desenvolvimento Humano
A pesquisa, desenvolvida junto ao Grupo de Pesquisa “Laboratório de Pesquisa Crianças e Infâncias Amazônidas” – LAPCIA/Ufopa, buscou verificar a relação entre a conexão com a natureza e a Terapia Assistida com Cavalo de crianças com TEA, com base em estudo empírico desenvolvido junto ao programa de Equoterapia da Polícia Militar – PM de Santarém. Tratou-se de observar a experiência direta e intensa com a natureza promovida pela relação com o cavalo num ambiente de terapia assistida com cavalo (picadeiro e entorno) e, em função disso, examinar o efeito de ss a experiência no desenvolvimento da criança com TEA. Concomitantemente, fez-se estudo conceitual dos aspectos que compõem o problema: conexão com a natureza na perspectiva da teoria bioecológica; Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) e Terapia Assistida por Cavalo / Equoterapia. Espera-se, com essa proposta, contribuir na melhoria da qualidade de vida das pessoas com TEA atendidos na equoterapia, permitindo a análise das transformações desenvolvimentais e dos benefícios observados com esta terapia. A pesquisa tem como sustentação conceitual a Teoria Bioecológica do Desenvolvimento Humano, a qual percebe o ambiente ecológico como um sistema de estruturas dinâmicas agrupadas de modo independente, incluindo desde o cuidado íntimo da criança pelo responsável até os contextos amplos, como escola, vizinhança, a cultura, entre outros que são parte da experiência cotidiana. O trabalho empírico acompanhou três crianças com TEA praticantes da Equoterapia-Santarém, e de suas famílias pelo período de dez meses. Os resultados indicam ganhos qualitativos no desenvolvimento da criança; destacou-se a força do cavalo, animal de grande porte, que causa forte impacto e desloca a pessoa da situação normal de vida, com criação de vínculo e de mudança de percepção e a percepção de que essa terapia, no caso de crianças com TEA não deve limitar-se a um tempo determinado de realização.