Áreas de concentração e linhas de pesquisa

O Programa de Pós-Graduação em Antropologia e Arqueologia é constituído por duas áreas de concentração, antropologia e arqueologia, e cada área de concentração se distribui em duas linhas de pesquisa.

 

Área de concentração em Antropologia

A área de concentração em Antropologia propõe apresentar reflexões antropológicas clássicas e contemporâneas à luz de nossa realidade, enquanto uma universidade na Amazônia. A partir de uma perspectiva crítica, as constantes reformulações teóricas de nossa área serão incentivadas enquanto um elemento marcador da disciplina. Os debates e as reflexões que se propõem refletirão, além do diálogo interdisciplinar, a pluralidade amazônica. A presença marcante em nossa região de negros, indígenas, quilombolas, ribeirinhos, povos e comunidades tradicionais e outros coletivos, presença essa que se manifesta igualmente dentro da universidade, tem sido um importante catalizador de transformações em diversos âmbitos, incluindo o conhecimento acadêmico, o que é ativamente estimulado pela área de concentração em antropologia. O intuito é, a partir desse contexto de pluralidade humana, e nutrindo-se do diálogo interdisciplinar, propiciar a formação de profissionais que possam complexificar as concepções de abordagens teóricas e metodológicas do campo da antropologia.

 

Linha de pesquisa 1: Antropologia e Povos Indígenas

De maneira análoga aos próprios povos indígenas, a antropologia que a eles se dedica é historicamente marcada por uma grande diversidade. Assumindo essa diversidade, esta linha de pesquisa se dedica à análise dos diversos povos indígenas sul-americanos em perspectiva histórica e contemporânea, abordando suas formas de organização, cosmologias, redes de relações, conflitos e situações políticas atuais, a partir de diferentes perspectivas teóricas. Aposta-se não apenas no diálogo teórico, mas também na renovação do debate trazida pelo aumento da produção acadêmica de pesquisadores indígenas, sobretudo como resultado de sua inserção na pós-graduação.

Docentes vinculados:

- Eduardo Soares Nunes (permanente)

- Miguel Aparicio Suárez (permanente)

- Lucybeth de Camargo Arruda (permanente)

- Florêncio Almeida Vaz Filho (permanente)

- Luciana Barroso Costa França (colaboradora)

 

 

Linha de pesquisa 2: Território, corporalidades e políticas da diversidade

Esta linha de pesquisa se dedica a analisar as múltiplas relações entre território, corporalidades e políticas da diversidade, tomando as relações políticas, ou a política das relações, como eixo articulador ou conector de abordagens variadas. Contempla pesquisas que se voltem às continuidades e descontinuidades entre rural e urbano, identidades, alteridades e diversidades, gênero e sexualidades, conflitos e conhecimentos.

Docentes vinculados:

- Luciana Gonçalves de Carvalho (permanente)

- Diego Amoedo Martinez (permanente)

- Júlia Dias Escobar Brussi (permanente)

- Carla Ramos (Colaboradora)

 

 

Área de concentração em Arqueologia

Situada numa universidade no interior da Amazônia, esta área de concentração propõe fazer arqueologia a partir de novas experiências de interculturalidade, entendendo que as metodologias científicas precisam contemplar a participação/colaboração de povos indígenas e comunidades tradicionais, dentre outros coletivos, de forma que suas epistemologias sejam respeitadas. Essa área incluirá uma ampla variedade de pesquisas sobre cultura e patrimônio material e imaterial, situado a partir de contextos de conflito e demandas do presente. A disciplina arqueológica é aqui tida no seu sentido mais amplo, envolvendo contextos temporais, espaciais, sociais, políticos, teóricos e metodológicos diversos. Tendo a Amazônia como centro do debate, o curso busca formar profissionais que atuem e contribuam para a produção de conhecimento, para o avanço da educação e políticas públicas e atuem em conflitos socioambientais. Considerando que a arqueologia possui uma característica eminentemente interdisciplinar, o programa visa fomentar diálogos com diversas áreas do conhecimento, buscando a aplicabilidade científica, política e social dos seus projetos.

 

Linha de pesquisa 3: Arqueologia e modificação antrópica do ambiente

Esta linha propõe discussões sobre diversas formas de conhecimento, de relações entre humanos e ambiente, incluindo uso e manejo, assim como fluxos migratórios, colonização, expansão, e processos de territorialização. Com um forte enfoque nas regiões tropicais, trabalharemos com construção de paisagens, manejos de plantas e animais, formação de florestas culturais e dinâmicas de coevolução entre humanos, plantas e animais. Na atualidade, o panorama que caracteriza as interações humanos-ambiente é de conflito. A materialidade arqueológica tem potencial para contribuir com questões científicas e tomadas de decisões importantes não só para a compreensão do passado, mas também para a construção de possibilidades alternativas de alimentação, usos da terra e uso dos recursos naturais.

Docentes vinculados:

- Claide de Paula Moraes (permanente)

- Myrtle Pearl Shock (permanente)

- Gabriela Prestes Carneiro (permanente)

- Lilian Rebellato (permanente)

 

Linha de pesquisa 4: Arqueologia, povos tradicionais e materialidade na decolonialidade

A partir de questionamentos e demandas apresentadas por representantes de povos tradicionais, coletivos negros e feministas, bem como da crescente divulgação de epistemologias não-ocidentais ou periféricas, esta linha explorará o potencial e os limites da materialidade, inclusive para fundamentar pleitos ligados a direitos territoriais e históricos em situações de assimetria, opressão e exploração capitalista, apontando para horizontes emancipatórios a partir de alianças entre academia e coletivos diversos.

Docentes vinculados:

- Camila Pereira Jácome (permanente)

- Anne Rapp Py-Daniel (permanente)

- Bruna Cigaran da Rocha (permanente)

- Raoni Bernardo Maranhão Valle (colaborador)

- Myrian Sá Leitão Barboza (colaboradora)

 

 

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